Além da Verdade
Por : Érica Arruda
Não me venha com felicidade ao me ver, eu não posso demonstrar o mesmo. Esse é outro defeito existente em vocês, essa felicidade com coisa pouca. Vocês deveriam buscar se contentar com as coisas grandiosas da vida, e não com essas coisas mixurucas que estão costumados a viver. Como, ao contrario de você, eu cumpro com minha palavra, hoje eu conto um pouco mais sobre mim.
Era meu primeiro dia aqui, eu estava completamente perdida, não sabia que rumo tomar e muito menos a quem recorrer, uma dor enorme invadia aquela região ao qual vocês chamam de estômago, então percebi que deveria estar sentido fome. Era meio estranho, eu nunca precisei me alimentar, e tinha certeza que demoraria a me acostumar com esse novo hábito. Lembrei que tinha algum dinheiro nos bolsos, havia guardado quando não precisava dele. Me dirigi a uma lanchonete próxima de onde estava, ao entrar, me lembrei que desconhecia o sabor de qualquer coisa que fosse ingerir, então, não fazia ideia de qual alimento pedir. Me sentei em uma mesa um pouco mais afastada de toda aquela gente que estava naquele estabelecimento, quando uma garçonete se aproximou segurando um cardápio.
-Boa tarde senhora, gostaria de dar uma olhada em nosso cardápio?
-Sim , obrigada, quando me decidir volto a lhe chamar-respondi um pouco nervosa.
A garçonete se afastou, enquanto eu olhava cada nome existente naquele cardápio, tentando me lembrar o nome daquilo que ele sempre pedia quando íamos, ou melhor, quando ele ia comer nesse tipo de local. Depois de muita insistência, me lembrei do nome e chamei a garçonete, quando ela me trouxe o que eu pedi, por um momento fiquei com um certo receio de ingerir aquilo, mas logo consegui comer tudo. Mas enquanto comia, buscava um forma de ir até ele, eu não podia me virar sozinha naquela cidade, as coisas não haviam saido como eu planejei, e eu não fazia ideia de por onde começar. Eu sentia medo pela primeira vez na vida.
E esses foram meus primeiros sentimentos humanos, isto é suficiente para vocês? Tenho certeza que não...
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
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