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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Talvez não seja ruim


Tinha tudo para ser um dia perfeito, a chuva caía e eu estava deitada na minha perfeita cama nova, que aliás era um milagre, porque minha mãe tinha me enrrolado muito tempo para comprar aquela cama e finalmente ela comprou. Mas como eu disse, tinha, porque quando eu olhei para o lado vi dentro da minha mochila, que estava jogada no chão, o cd com todos os dados do meu trabalho, na verdade do nosso, porque o trabalho era em grupo e o responsável por organizá-lo era o Lucas. E o pior de tudo era que o trabalho  tinha que ser entregue no dia seguinte. Levantei revoltada sem saber o que fazer, eu podia ter certeza que havia entregado aquele cd para o babaca do Lucas e não fazia ideia de como ele foi parar ali. Peguei meu celular e comecei a procurar o número dele, afinal ele podia muito bem ir buscar aquele cd na minha casa. Mas como quando a gente tem que ter o dia de azar nada muda isso, eu não encontrei o número que misteriosamente sumiu da minha agenda. Era o fim, eu ia ter que sair naquela chuva! Peguei a calça jeans que usei no dia anterior, coloquei um casaco e a mochila nas costas, ia aproveitar para entregar o caderno dele, como esse menino estava distraído no dia anterior! Eu andava em passos largos, atravessando todas as 10 quadras que distanciavam nossas casas. Quando finalmente cheguei, ninguém estava lá! Incrédula, sentei na escadaria para pegar o caderno com a esperança de encontrar um telefone, e na primeira página ele tinha escrito: "Júlia, me espera na ponte, ok?" Eu não estava acreditando naquilo tudo, ele só podia estar brincando com a minha cara. Levantei irritada e segui em direção à ponte, quando chegasse lá esse garoto ia me ouvir. Não tinha ninguém nas ruas, só carros estacionados e água na pista. Eu segurava meu gorro para que não molhasse meu cabelo, isso já seria demais. Quando cheguei à ponte lá estava ele, parado observando o lago. "Vem cá, você não tem mais o que fazer não? Eu aqui preocupada com esse trabalho e você fazendo joguinho?" peguei o cd e entreguei nas mãos dele. Ele pegou o cd, o olhou por um instante e o jogou no lago! "Você está maluco? Olha o que você fez!" E ele me olhava ainda calmo " Aquele não era o cd do trabalho, pode ficar tranquila. Eu sabia que se eu te chamasse aqui hoje, não iria vir. Precisei arrumar uma desculpa" Eu estava ficando cada vez mais indignada " Me chamar pra que Lucas? Ta chovendo, eu estou toda molhada e você ainda me faz vir aqui? O que seria tão importante assim que não podia esperar para amanhã?" "Você sempre me disse que seu sonho era fazer isso..." "Isso o que garoto?" E me beijou, um beijo leve, carinhoso. O Lucas e eu tínhamos uma história, história esta que acabou quando ele foi passar um tempo longe, e desde que havia voltado não tínhamos tocado no assunto "nós". Eu não conseguia entender o porque de tudo aquilo. Quando nos soltamos eu não sabia o que dizer. " Eu não aguentava mais ficar longe de você, eu te amo Júlia" E como eu sempre acreditei que atitudes valem mais que palavras, o beijei. E vi que aquele dia não precisava terminar ruim como começou.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Para mim...


Olá querida,

Creio que não me conheça, ou melhor dizendo, parece-me loucura escrever pra você pois sei que não existe e nunca existirá. Você é tão segura de si mesma, tão responsável quanto aos seus atos que precisava dizer-lhe ao menos porque não deixei, e nem deixarei, que exista. Quando era pequena, o meu único sonho era ser uma moça conhecida, estar nas passarelas e usar roupas bonitas e agradáveis. Mas com o tempo percebi que não era aquele mundo que queria para mim, então criei você. Uma moça bonita e comportada, decidida e com personalidade forte. Um rosto capaz de mil sorrisos e de mil olhares. Você seria conhecida pelo mundo inteiro, e todos se espelhariam em você. Seu rosto seria visto em todos os teatros desse país, e em todas as televisões também. Além disso, sua voz contagiaria o mundo inteiro e suas músicas seriam escutadas por muitas gerações. Você seria o modelo perfeito de Atriz/Cantora. Sempre foi comum as pessoas seguirem as duas carreiras, e era isso que você seria, ou se preferir, era isso que eu seria. Mas eu não conseguia te enxergar muito longe, não conseguia identificar os mil sorrisos dos quais falei. Foi ai que de súbito, percebi que meu lugar não seria na frente dos palcos, e sim atrás, acompanhando cada detalhe, cada palavra escrita por mim. Eu, e agora já não digo mais você, seria uma escritora, foi sempre o que desejei fazer, mas você me ajudou a perceber isso. Por alguns momentos creio que chegou a existir, em alguma brincadeira de criança ou em alguma apresentação de escola. Por isso sinto que lhe devia explicações quanto a pessoa que me tornei. Escritora e sem arrependimentos, lembrando sempre de você, com seus mil olhares, e levando comigo, a sua personalidade forte. Espero que possas compreender, e se te conheço, sei que ficará feliz por isso, você sempre quis o melhor para nós.

Um abraço querida, sinto muito que seu destino seja existir apenas em minha memória
quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Notificações

Olá pessoal
Sei que ando sumida, mas a vida não é fácil. Ando muito atarefada, mas tenho uma notícia boa.
Não sei se lembram da série Voltarei um dia (pra quem não lembra da uma olhadinha), mas enfim, eu terminei a história! E em breve postarei para vocês. Queria postar agora, mas acabei de perceber que ficou com a minha professora de Produção de Texto, mas quando ela devolver eu posto. Hoje eu fiquei muito feliz quando abri o meu e-mail e vi que recebi um selo da linda Bruna Morgan do Projeto Créativité , ta ai pra vocês verem.
Um abraço


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Aprende a suportar

Querido,

Tenho notado uma certa frieza em seu olhar, em seus beijos, em seus abraços... Acredito que sei o motivo para tanta distância entre nós. Sinto muito pelo que aconteceu, eu também me sinto mal com tudo isso e por dias me senti culpada, afinal, era eu a responsável, eu quem o estava carregando. Não sei te explicar o que sinto em relação a tudo isso no momento, é triste dizer mas ainda me sinto uma adolescente. Afastei-me uns dias para pensar, ou até mesmo para te deixar pensar. Quando entrei na minha antiga casa, encontrei uma caixinha, com várias fotografias e não resisti ao chegar perto. Fotos que eu nem ao menos me recordava ter tirado um dia. Lembranças que me fizeram chorar cada vez mais e me fizeram escrever esta carta. Ao ver todas essas fotos percebi que eu ainda não cresci, tenho apenas 19 anos e não suportaria tanta responsabilidade. Sei que era seu sonho, sei que sonhávamos juntos, mas eu estava iludida com aquele mundo novo, com aquela realidade nova. Quantas vezes eu vestia minhas bonecas, trocava fraldas e dizia ser uma ótima mãe? Momentos que ficaram registrados nessas inúmeras fotos, mas foram momentos de brincadeira, sem muito o que fazer. Creio que deve estar pensando que fiz de propósito, talvez esteja colocando a culpa em mim, mas aprende a suportar algumas dores, 
porque elas farão de ti uma pessoa melhor. Não será buscando um culpado que conseguirás trazer o Gustavo de volta. Sei que nunca pode tê-lo nos braços, protegê-lo, mas talvez assim tenha sido melhor. Não foi fácil perder uma criança com 5 meses de gravidez, e nem tem sido fácil aceitar, mas estou tentando e me recuperarei. Dói-me mais o fato de não ter o seu apoio, mas respeito a sua dor e não mais te incomodarei. Agora só me resta a companhia do Teddy, afinal toda menina um dia teve o seu companheiro de pelúcia.

Um Abraço
Élen
quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Infantilidade


Um após o outro, os dias iam se passando. Nunca pensei que seria esquecida daquela maneira, afinal, sempre fui o centro de todas as atenções. Isso sempre me foi peculiar, fazer com que as pessoas sentissem a minha falta. Chegou a ser tão comum que havia me esquecido do fato de ter escrito uma carta antes de isolar-me. "Não preciso que me procurem, não preciso de companhia..." e mais um bando de palavras que pensava eu, não seriam tomadas como verdadeiras, essa não era a primeira vez que eu fazia isso. Só que dessa vez creio que fui longe demais. Depois de uma longa discussão dentro de casa, juntei minhas coisas e vim para cá, um lugar onde todos me achariam, aquela antiga casa que todos usavam para acampamentos de fim de semana. Aquele sempre era o meu refúgio, e pouco mais de três horas que ali ficava, aparecia alguém para implorar a minha volta. Mas dessa vez faziam cinco dias e ninguém aparecia, começava a preocupar-me. Alguém bateu na porta e um sorriso irradiou-me. Fui correndo abrir a porta sem preocupar-me em perguntar quem ali estava. Quando a abri, decepcionei-me. Ninguém estava ali de braços abertos para um longo abraço, nenhum par de olhos me fitava e derramava lágrimas ao me ver, apenas uma pequena caixa no chão estava aguardando ser aberta. Triste, abaixei-me e peguei a caixa para desvendar seu conteúdo. Fechei a porta com os pés enquanto procurava algo que me mostrasse o remetente daquela caixa. Sem nenhuma identificação fiquei receosa ao abrir, mas a curiosidade falou mais alto. Surpresa com o que vi? Não muito, o conteúdo já me era conhecido. Aquelas fotos traziam-me lembranças boas, ou talvez angustiantes, isso variava de uma para outra. Fiquei tão hipnotizada olhando aquelas pequenas lembranças, que só depois de algum tempo percebi que bem no fundo da caixa, havia uma carta.
" Fotos, aquelas capazes de trazer lembranças que pareciam não mais existir. Você deveria entender  que as coisas não funcionam sempre conforme você planejou ou quis algum dia. Sei que sente vontade de voltar, mas seu orgulho sempre foi mais forte. Meu anjo, chegou a hora de você cair na real e ver que o mundo não para por você, que nós também não. De todas as outras vezes que você fez isso, eu não estava por aqui, mas dessa vez eu estou e fiz questão de não procurá-la, eu sempre fui o único que se preocupou com você, mesmo sendo duro as vezes, e dói chegar por aqui e ouvir que você sumiu, ver a sua mãe desesperada querendo chamar a polícia. Confesso que ri na frente de sua mãe e ela não gostou muito, mas eu sabia exatamente onde você estava e o que queria com tudo isso. Mas dessa vez foi diferente, você ficará por ai até ficar doente e resolver voltar..." Já estou doente, falei comigo mesma. Então me deitei novamente e cobri o corpo doente com a coberta. Continuei ali deitada sem saber o que fazer, ele estava certo, e isso me incomodava, porque ele sempre tinha razão. Mas o que custava me mandar flores, ou então me abraçar? Não, ele precisava me dar uma grande lição de moral. Como sempre, levantei-me e comecei a arrumar minhas coisas para voltar pra casa, ele estava me esperando, eu sabia que aguentaria aquela cara de bravo, afinal, ele tinha razão, eu precisava ser mais forte.
domingo, 7 de agosto de 2011

Voltando


Olá pessoal, depois de algum tempo fora, eu voltei! E agora com tempo para poder escrever para todos vocês ! E como a nosso querido blog está sempre crescendo, nada como boas notícias, não é mesmo?
Pois então, o Projeto Créativité voltou a funcionar, e o Flor de Diamantes não perdeu essa grande novidade e já participou de 2 edições, com 2 textos postados antes aqui. Ai embaixo tem os selinhos que o blog ganhou e o link dos textos que foram publicados, para quem não se lembrar dar uma olhadinha! Fiquem atentos, logo mais começamos com nossa tempestade de ideias!
Um grande abraço,
Érica Arruda
sexta-feira, 29 de julho de 2011

Informativo

Queridos leitores, o Flor de Diamantes se encontra com poucas postagens pois a sua linda autora está ocupada com o JAMgada, mas logo mais depois do dia 7, voltarei com força total.
Espero que aguardem e continuem por aqui.
Um abraço
Érica Arruda
segunda-feira, 25 de julho de 2011

Obrigada


Poderia falar mil palavras, poderia passar noites acordada por ti, muitas pessoas fazem isso, poderia fazer milhões de coisas por você, mas não o faço. Na verdade, eu nunca fiz muito, mas sabes que tentei. Mas eu sou assim, você quis que eu fosse assim. Tenho esse meu jeito ignorante e arrogante, troco o certo pelo duvidoso, faço coisas que não são de seu agrado, mas sempre te amei. Sei que assumi responsabilidades com você que exigiriam mais de mim, mas como eu sempre digo, eu sou fraca e me sinto envergonhada por esse fato. Mesmo assim, quero agradecer, por todos os momentos que esteve ao meu lado. Sei que fostes o único que não me abandonou, mesmo nos tristes momentos que duvidei de você. Prometo seguir-te por toda a minha vida, eu pude escolher e nunca trocarei de ideia, você sim pode me fazer feliz. Obrigada Deus, por acompanhar-me nessa caminhada, sem ti nada seria. Obrigada pela minha vocação, seguirei sempre ao teu lado.
terça-feira, 19 de julho de 2011

Nossa querida utopia



Poderia começar a nossa história com um "Era uma vez..." Mas detestamos contos de fadas. Poderia dizer que somos um lindo casal, mas somos tão diferentes que o igual se tornaria utópico demais. Poderia dizer que nos amávamos intensamente, mas somos tão confusos que o que sentimos um pelo outro talvez passe longe do amor. Poderia dizer que todos invejavam nosso amor, mas somos tão distantes um do outro que nem sequer sabem da existência do "nós". Poderia dizer que te achava um cafajeste e você me provaria que não, mas você já nasceu cafajeste e não esconde isso de ninguém. Poderia dizer que nos casaríamos e teríamos filhos, mas somos tão irresponsáveis que não chegaríamos nem perto de escolher nomes. Poderia dizer que nos separaríamos depois de alguns anos casados, mas casamento é uma coisa séria demais pra nós dois. Poderia dizer que voltaríamos e seríamos felizes para sempre, mas "para sempre" não existe em nosso vocabulário. Ou poderia mudar esse "para sempre" por "um final feliz", mas não queremos um final para nós dois. Na verdade, nem ao menos sabemos se o que estamos vivendo é um começo. Eu não penso em você o tempo todo, na verdade eu nem lembro de você até que apareça na minha frente, eu não sei e não tenho o menor interesse em saber seu número de telefone, e até a alguns dias eu te odiava. Então, não vejo o porque de escrever a nossa história, não vejo o porque de imaginar um futuro ao qual você faça parte, nem vejo o porque de escrever por você, ainda está muito longe de ser minha fonte de inspiração. Seria uma história simples e curta, cuja metade seria insultos e palavrões e a outra metade estaria dividida em pequenos momentos de paz e outros pequenos momentos de beijos. Talvez possa ter sido carência, ou apenas desejo, a raiva pode gerar isso. Amor, tenho certeza que não o é, mas sei que se pudesse escrever a nossa história, ela se chamaria: Nossa querida utopia.
sexta-feira, 8 de julho de 2011

Hoje eu chorei


Hoje eu chorei. Ao ao ouvir a tua voz no telefone, não suportei. Lembrei-me de quando a gente se amava e percebi o quão distante esse tempo se tornou. Fazia já algum tempo que não escrevia assim, na verdade você sempre foi a minha fonte de inspiração, a única coisa proveitosa em lembrar de sua existência. Sabe, eu tentei ao máximo sair da sua vida, tentei não te ligar e nem ao menos atender as suas ligações... Mas eu não consegui. Esse sempre foi o meu maior defeito, a minha fragilidade. Lembro-me do quão grande era o medo de te ver partir e da dor imensa que me cravou o peito quando você se foi. Prometi não chorar, prometi não sofrer, prometi que não ia mais querer te ver. Milhões de tentativas frustadas de te esquecer ocorreram. Quantas e quantas vezes busquei gostar de outra pessoa e apenas decepcionei-me mais... As pessoas sempre dizem que o tempo resolve tudo, que tudo vai se acertar. Mas parece que esse tempo não passa, parece que nada se resolve! Queria desprender-me desse amor, na verdade, queria desprender-me desse medo de solidão. Queria saber viver sem pensar com quem estarei futuramente, quem será o responsável pela minha felicidade futura. Se tivesse condições, fugiria. Sempre tive essa vontade de isolar-me do mundo, e se tivesse oportunidade, o faria. Mas as coisas não funcionam assim, só os filmes, os livros, os grandes e pequenos romances nos proporcionam essa solução. Deve ser esse o motivo para sentir-me tão próxima e íntima das palavras. São elas que me permitem tudo, posso voar, posso encontrar um príncipe encantado, posso ser uma rainha, posso apenas ser, sem exitar em compreender. Quem me dera ao menos uma vez acreditar por um instante em tudo que existe e acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes. Se todas fossem felizes, eu também seria. Não que esteja dizendo que não sou, mas como disse antes, hoje eu chorei, e todas as lembranças ruins que estava tentando apagar, estão presentes novamente em minha memória. No momento, não estou feliz. Gostaria de estar, poder escrever palavras bonitas e aconchegantes. Mas a guerra ainda não acabou, seguirei lutando até que um dia eu vença, ou como em qualquer guerra, até que eu morra.
terça-feira, 5 de julho de 2011

1 ano vivendo intensamente!

Como vocês podem ver, o blog está de cara nova! E existe um motivo especial para tanta dedicação: O Blog fez 1 ano de existência!
E como boa blogueira que sou, eu precisava agradecer aos meus queridos leitores.


 No começo é assim, você escreve sem saber realmente o que está fazendo, ou apenas para soltar palavras que não são ditas para as pessoas que deveriam ouvi-las. Só que tudo isso começa a fazer parte da sua vida, parte dos seus sonhos. Sim, ser uma escritora reconhecida com milhões de livros vendidos se tornou meu sonho desde quando comecei a me empenhar com meu blog. Muitos blogs por ai tem milhões de seguidores, e confesso, gostaria que o meu também tivesse. Mas agradeço profundamente pelos meus 39 seguidores e também aos meu leitores que não me seguem. Durante este ano que se passou, eu pude crescer dentro do universo chamado "blogosfera" e fico feliz por isso. O blog já ganhou algumas colocações e a cada vez que eu via meu nome estampado nos projetos, ficava com um sorriso enorme no rosto. É essa a minha felicidade, escrever e saber que ao menos alguém lê o que escrevo. Mas tudo isso ocorreu não só por mim, mas por todas as pessoas que um dia me apoiaram, que me davam inspiração. Meus amigos, meus colegas, meus leitores, meus anjos da guarda. Foi assim que o Flor de Diamantes cresceu, e diferente do que ele era quando foi criado, hoje ele já não pertence a mim, ele pertence a todos vocês! 


Um grande abraço
Érica Arruda
sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amigos

Queridos amigos,

Escrevo-lhes para contar uma triste história de vida, na verdade estou brincando pois sei que ficariam entediados com a minha longa e tortuosa história, afinal, já a conhecem de "cabo a rabo". Sem mais delongas, como vocês sabem, eu sou bem direta e não escondo nada de ninguém, morrerei em breve. Sim, tenho uma doença gravíssima e pouco tempo de vida. Sei que pensam que estou brincando, mas não. Digo-lhes a verdade e nada mais que a verdade, e fico imaginando como estará a face de vocês ao lerem esta carta, parece-me engraçado. Ok, a morte de uma pessoa não é nada engraçada, mas como devem lembrar, eu sempre ri até nas piores situações possíveis, como por exemplo quando fomos parar na delegacia por engano e comecei a rir da cara do policial que bateu a cabeça na porta da viatura! Sei que morrerei feliz, pelo menos espero isso, porque pode ocorrer de um de vocês se desesperar e se tacar na frente de um carro para morrer junto comigo! Sei que me amam muito, mas não há necessidade para tal ato, será bom passar uns tempos no céu longe de vocês, e quando subirem também, eu darei uma festa, isso é se Deus permitir, mas se ele não deixar, nós fugiremos, como sempre fazíamos quando nossas mães não nos deixava ir para as festas. Então pessoal, é o seguinte, não quero ver ninguém chorando no meu enterro, nem jogando flores no meu cachão, eu não gosto de flores, mas se puderem jogar um CD do Charlie Brown Jr ficaria grata. Por favor, nada de música de enterro, seria melhor se vocês cantassem "A árvore da montanha olê iaô", ficaria diferente e original, e se alguém reclamar, vocês podem dizer que fui eu quem mandou e se achar ruim voltarei para puxar não só o pé, mas o corpo inteiro para debaixo da cama cheia de baratas. E por falar em baratas, é melhor não me enterrar não, prefiro ser cremada, não suportaria ficar embaixo da terra com as baratas, me dá pavor, vocês bem devem lembrar do meu trauma com baratas, como por exemplo a noite que passei sentada com medo de alguma subir em mim. Como sei que vocês são preguiçosos e não gostam de ler, encerro minha carta por aqui. Queria poder dizer-lhes que estou brincando com vocês, mas infelizmente, esta carta só foi uma maneira que encontrei para disfarçar um pouco a dor que estou sentindo em despedir-me de todos vocês. Espero que fiquem bem sem mim, precisarão ficar...

 Com carinho
Érica Arruda

P.S.: Não escrevam nada em minha lápide(ou na caixinha das cinzas) permanecerei no anonimato, ser famoso da muito trabalho.


Texto totalmente fictício pessoal. Pauta para o Bloínquês 48ª edição cartas
quinta-feira, 30 de junho de 2011

Apenas para mim


Esta noite, não pude dormir. Sentei-me na janela e observei a lua, ocupei-me a noite completa em meus pensamentos difíceis e pesados e isso foi um grande esforço para mim. Poderia estar cansada e desejar a minha cama, passar o dia inteiro dormindo, mas não! Levantei-me, não passei na frente de nenhum espelho, eu me senti perfeitamente bela! Olhei no meu armário, e tirei de lá meu tão esquecido salto alto, coloquei-o. Hoje eu descobri que posso ter o mundo apenas para mim, e que nada pode me causar dano. Eu compreendi que o medo já não é mais forte do que eu. Saí caminhando por entre as ruas, sentindo aquele vento forte, vendo as folhas deixando as árvores nuas e olhando os belos casais, aqueles que sempre me deprimiam, e dessa vez me senti contente por prestigiar cenas tão bonitas. Apesar de todo aquele frio, passei minhas mãos na água que jorrava da fonte do parque central, pareceu-me quente. Na verdade tudo parecia quente, acolhedor, percebi que finalmente me sentia parte desse mundo. Consegui rir de mim mesma e ver o quanto tinha mudado e não havia percebido. Consegui inspirar-me em meus poemas, em minhas musicas. Hoje foi um dia perfeito, me arrisquei sem medo de cair, senti o mundo apenas para mim.

Inspirado na música "Ella" - bebe  
Mil desculpas por demorar a postar, estava passando por uma crise de personalidade (que coisa mais clichê) e  não pude postar. Espero que consiga postar regularmente. Um abraço pessoal.
terça-feira, 14 de junho de 2011

Cigarros e conhaques


O sol já nascia, os raios passavam por entre as frestas que as cortinas mal fechadas deixavam existir, enquanto ela estava jogada no carpete do seu quarto fumando mais um cigarro, o último da 3ª caixa que fumara durante a noite, e colocando mais um pouco de conhaque em seu copo. Passara a noite ali, fumando e bebendo como nunca houvera feito antes. Sentia-se mais aliviada depois daquela noite, apesar de não ter esquecido nenhum de seus problemas que lhe atormentavam. Seu celular estava em cima da estante, tocara a noite toda, e quem quer que fosse, ela não fez questão de atender. Perguntas como "Porque?" ou "Até quando?" saíram de sua boca durante a madrugada, mas nem ela sabia ao certo o motivo para estar ali. No dia anterior havia brigado com todos os seus amigos " Eu não preciso deles, não os quero mais em minha vida" repetiu ela inúmeras vezes enquanto escutava seus antigos discos de vinil. Quem a visse naquele estado, ficaria admirado. Ela nunca foi tão fraca como estava sendo, todos sempre viram-na como a mulher mais elegante e forte que conhecem. Mas naquela noite, ela pôde se dar o luxo de ser fraca e baixa ao mesmo tempo. Enquanto dançava uma convidativa valsa, sozinha como era de se esperar, no espaço vago de sua sala de estar, ela recitava seu discurso, o qual sonhava gritar para o mundo ouvir: "Eu quem sou? Uma grande mulher, uma ótima escritora, reconhecida por muitos, bem remunerada! Mas de que me adianta? Meus amigos fogem de mim, e meu amado, ó o meu amado, nem seu nome eu me recordo." Os sinais de embriagues já eram evidentes nas palavras daquela mulher, afinal, já nem se recordava do nome daquele que um dia partiu, dizendo-lhe que voltaria. Ela simplesmente havia cansado, sentia-se melhor daquela forma, e não havia ninguém que pudesse lhe repreender por isso. "Eu sou livre!" Gritou ela, ao mesmo tempo que derramava um copo de conhaque em sua cabeça. Rindo sozinha, ela se arrastou até a cama, era hora de dormir. Jogou de lado o sobre tudo, e deitou-se em sua cama. Ali passou o resto da manhã, e quando acordou, assustada por sinal, sentiu aqueles braços fortes envoltos em seu corpo e uma voz terna em seus ouvidos " Volte a dormir, vejo que sua noite foi longa, não se preocupe, estou aqui, está tudo bem". Nada mais ela escutou, apenas sabia que ele havia voltado.
domingo, 12 de junho de 2011

Eu sou o coração das trevas!



Ao fugir da solidão buscando companhias quaisquer, me feri. Ao buscar amores perfeitos, sangrei. E se continuasse assim, morreria. Quantos ideais desfeitos eu chorei, quantos versos românticos escrevi, mas de que valeram? Serviram para alimentar meus medos e prender-me a uma vida movida às custas dos outros. Eu era dependente de toda e qualquer pessoa que fosse capaz de colocar um sorriso em meu rosto. Sorrisos que só abriam as portas para amarguras. Amigos? Onde foram parar? Sumiram sem nem olhar para trás, não se preocuparam com aquela pobre inocente que tinha medo da solidão. Mudei. De pobre ou inocente nada tenho. Companhias são totalmente dispensáveis ao meu dia, em realidade, eu não faço parte do mundo. Vivendo aqui na solitária de uma torturante prisão, eu me sinto bem. Eu sou a única que não cogita quando mandada para cá, melhor dizendo, eu sempre estou aqui, por escolha própria! Me dá nojo conviver com todas aquelas mulheres que se dizem suas amigas, sendo que a única coisa que podem ter em comum é o crime cometido. Mulheres que se arrependem das coisas que fizeram... FRACAS! Eu nunca me arrependerei de o ter matado, assim como nunca esquecerei de seu sangue em minhas mãos. Ele mereceu, jogou a minha amizade fora, trocou-me por uma qualquer que nunca se deu valor! A nossa amizade seria para sempre se não fosse por ela! Sinto-me bem aqui, na escuridão dessa sala fria. Pelo menos aqui, posso pensar em como a levarei junto a mim para o inferno quando ver a cor do sol novamente. Eles foram o motivo para tornar-me esta que vos fala. Nada temo, seguirei em frente até meu último suspiro, pois eu sou o coração das trevas.


1° Concurso ABL
quinta-feira, 9 de junho de 2011

No amor e no jogo vale tudo!



Querido amigo,

Escrevo-lhe para dizer que partirei em breve. Sentirei a sua falta companheiro! Falta das noites que ficávamos vagando pelas sarjetas, completamente embriagados. Falta das confusões que arrumávamos com os estudantes dos cursos que divergem das engenharias. Por falar nisso, acabo de perceber que não iremos nos formar juntos como sempre planejamos, mas espero que compre aquelas vuvuzelas para fazer bagunça e deixar os seguranças irritados. Mas voltando para o propósito desta carta, você sempre foi um amigo excepcional, acompanhou-me durante todos esses anos fielmente. Este sempre foi o nosso lema meu caro, a lealdade, pois bons amigos se baseiam nisso. Mas chegamos a um ponto que trairíamos um ao outro. Sabes do que falo, sabes o que está acontecendo. Sempre tivemos os mesmos gostos e não admiro-me por termos nos apaixonado pela mesma mulher. Ela foi sempre tão perfeita, aquele sorriso terno, aqueles olhos profundos, aquela voz serena, o perfume de rosas, a delicadeza e educação de uma baronesa! Sei que também te sentes louco ao pensar em tocar aqueles lábios meu colega, te conheço muito bem para afirmar isso. Sempre falávamos que mulher nenhuma seria capaz de interferir na nossa vida. Completamente equivocados, hoje, ela é o motivo para nossas bigas rotineiras meu caro! E nem ao menos paramos para nos perguntar se ela ao menos nos enxerga com outros olhos! Sabes que ela encanta muitos por ai e não demonstra sequer um mero sentimento. Mas conosco é diferente, ela é nossa amiga, e fica muito difícil perceber o que se passa naquela mente. Por isso grande amigo, tomei uma decisão. Conversei com ela, uma conversa de longas horas, e depois de tantas palavras trocadas, precisei escrever-lhe esta carta. Desejo-lhe toda a felicidade do mundo meu amigo, espero que consigas ser feliz, pois eu o serei. Não fui honesto contigo, e não me arrependo. Sexta-feira, partirei, e junto comigo ela irá! Perdão, é só o que posso dizer.
Pois como sempre dizemos: No amor e no jogo vale tudo!

                               Um abraço  meu camarada!
Ass: Victor

Tema - 141ª semana  - Blorkutando

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Voltarei um dia... (2ª parte)


Clarice estacionou o carro em frente a padaria de dona Rosária, pelo menos ela esperava que ainda fosse, e entrou naquele pequeno comércio onde comprava pão todos os dias quando morava por ali. Quando entrou no estabelecimento, sentiu aquele delicioso cheiro de rosquinhas, aquele cheiro que ela tanto adorava. Se dirigiu ao balcão, onde estava uma menina que aparentava ter uns 16 anos. "Olá, você pode me informar se esta padaria ainda é da dona Rosária?" Perguntou ela com delicadeza. "Sim, é sim, você quer falar com ela?" Respondeu ela sutilmente, parecendo ser muito simpática. Clarice assentiu com a cabeça e a menina seguiu em meio a uma porta que ficava nos fundos da padaria. Alguns minutos depois, ela voltou, e logo atrás, vinha uma velha senhora caminhando em passos lentos  e com uma expressão de curiosidade para saber quem a havia chamado. Clarice sorriu ao vê-la e não demorou muito, as lágrimas rolaram. Dona Rosária, por alguns instantes, não soube quem era aquela jovem que chorava ao vê-la, mas quando olhou bem aquele rosto, aquela expressão, não precisou de apresentações. Abraçou-a sem dizer nenhuma palavra, envolveu-a em seus pequenos braços assim como quando ela era criança. "Nem posso acreditar que você lembrou da sua velha madrinha minha filha" Dizia dona Rosária " Eu apenas tinha medo, muito medo tia Rosa. Não sabe o quão difícil foi vir aqui."  Dona Rosária, além de dona da padaria, era a madrinha de Clarice, sempre cuidou da afilhada como se fosse sua própria filha, e ficou desnorteada quando a menina foi embora da cidade, deixando-lhe apenas uma carta:
"Querida tia Rosa,
Sei que neste momento está chateada comigo, e não lhe tiro a razão para isso.Eu precisava ir embora, precisava me afastar. Sabe tia Rosa, eu ando com umas certas dúvidas em relação ao Marcelo, não sei se ele será um bom padrasto na ausência de minha mãe.Eu não posso continuar aqui, além do mais, em breve completarei 18 anos e ninguém mais controlará minha vida.Espero poder voltar um dia, para abraçar-lhe.
                                                    Um abraço, Clarice.

Dona Rosária não sabia da verdade entre Clarice e Marcelo, a menina sempre achou melhor não contar. Na verdade ela sentiu medo de ser rejeitada pela única que ainda poderia lhe dar apoio naquele mundo. Mas depois daqueles 5 anos, Clarice decidiu que estava na hora de se abrir com sua madrinha.
                                                                                                                          Continua
Por: Érica Arruda


Pessoal, mas uma parte da história, espero que tenham gostado
terça-feira, 31 de maio de 2011

Voltarei um dia...


E lá estava ela, dentro de seu carro parado no meio da estrada, ao som de músicas há muito esquecidas, fitando ao longe aquela velha cidade. A cidade a qual prometera nunca regressar. O que lhe causava medo, o que lhe trazia aquela angústia, era o fato de apenas 5 anos terem se passado desde que partira, e as pessoas que lá residiam, poderiam reconhece-la por ser uma cidade pequena do interior. "Pare de besteira, você não deve nada a ninguém"  Falava ela para si mesma enquanto religava o carro e seguia diante daquela estrada que logo mais sumiria e deixaria apenas um pequeno caminho de barro. Ao adentrar a cidade, ela se sentiu voltando ao tempo, pode lembrar de todos os momentos vividos durante sua perfeita infância. No entanto, muita coisa havia se modificado na estrutura da cidade. Novos comércios, casas mais ornamentadas, e muitas outras mudanças que passaram despercebidas diante dos olhos daquela bela jovem, quando pode avistar mais adiante, aquela velha casa, que abandonara aos 17 anos, intacta. "Vamos Clarice, siga adiante, é apenas uma casa, não se deixe levar por essas emoções, seu objetivo aqui é outro" Ela se concentrava no seu verdadeiro motivo para retornar "ao passado". Clarice sempre guardou lembranças muito ruins daquele lugar, isso se deu por conta dos seus últimos anos vividos ali. Sua mãe havia conhecido um rapaz que  nunca foi merecedor do sentimento despertado na mãe de Clarice. Marcelo, o nome do dito cujo, era alguns anos mais novo que a mãe de Clarice, e todos sempre tentaram avisá-la sobre o quão mal caráter ele era. Clarice, apesar de amar muito a sua mãe e desejar que ela fosse feliz, não evitou se apaixonar por Marcelo, que muito audacioso, não hesitou em rejeita-la. Mas o grande fato ocorreu quando Marcelo, depois de muito planejamento, conseguiu matar a mãe de Clarice deixando-a desamparada no mundo. E era esta história que Clarice tanto tentava esquecer, que a levou de volta aquela cidade...
                                                        Continua
Por: Érica Arruda


Queridos e amados leitores, espero que tenham gostado dessa postagem, em breve continuarei. Ela não terá muitas partes, podem ficar tranquilos que não abandonarei a história pela metade como fiz em outras ocasiões. Comentem! As suas opiniões são importantes para o crescimento do blog!


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Para quem nunca acompanhou

Olá, como vai?
Faz algum tempo que nos conhecemos e eu ainda não tive coragem para escrever-lhe. É difícil entender como uma pessoa que surge do nada deveria ter um peso enorme na minha vida. Confesso-lhe que ao principio recusei-me a acreditar em tal possibilidade, mas isso é normal, as pessoas ficam surpresas quando algo inesperado acontece. Fiquei noites e noites pensando na sua ausência e em todos os momentos que deveria ter sentido a sua falta, mesmo tendo apenas meras ilustrações em minha cabeça da sua fisionomia. Eu cresci, e durante esse tempo eu pude viver bem. Quando tinha 4 anos, contei para minha tia que eu tinha um namorado, ela riu um pouco e depois disse que eu não tinha idade para aquelas coisas... Imaginei qual seria a sua reação quanto a isso. Quando tinha 7 anos, grampeei meus dedos ao tentar arrumar um trabalho para a escola, eu chorei ao ver meu sangue escorrer, e você não estava ali para abraçar-me e dar um "beijinho" para sarar. Eu fui uma criança feliz e  nunca nada me faltou, na verdade, eu nunca senti a sua falta, eu apenas posso perceber hoje, os momentos em que eu poderia ter sentido mas não senti. Eu aprendi a andar, eu levei inúmeros tombos, eu aprendi a ler, aprendi a escrever, chorei fazendo birra, assisti desenho de manhã, comi "danone" tomei "nescau", brinquei com bonecas, aprendi a andar de bicicleta,ganhei um cachorrinho, brinquei de pique-esconde, aprendi a falar com Deus, aprendi a me expressar, fiz inúmeros desenhos, ganhei ursinhos de pelúcia, escrevi mil cartas, eu simplesmente cresci! E apenas uma palavra eu nunca pude dizer: Mamãe. Porque eu nunca te tive por perto e nunca me ensinaram a te amar. Não existiam motivos para essa palavra fazer parte do meu vocabulário. Espero que entenda meu medo Dona Ana, ainda não sei quais foram os seus motivos para deixar-me na casa dos meus tios e sumir por tanto tempo. Posso dizer que todos os dias tento vê-la como minha mãe e essa não é uma tarefa fácil! Mas um passo adiante nós já tomamos! Nós nos conhecemos! Espero que seja só questão de tempo para que eu posso abrir a minha boca e falar com gosto: EU TE AMO MÃE.
Um Abraço
  Lilian

44ª edição cartas - Infância Nostálgica Bloínquês
Muito obrigada projeto Bloínquês pela oportunidade.

Eu não desisti.


Eu lia cada palavra daquela carta, vagarosamente "Fiquei sabendo que está pensando em ir embora. Pensei nas longas conversas que um dia tivemos, e vi que se fores embora, deixarás para trás todos os sonhos que pensavas construir aqui. Não ouse desistir de tudo que você sonhou! Eu muito me admiro que você esteja sendo tão covarde, você que sempre me ensinou a ser forte até quando as forças pareçam acabar! Você que sempre me escreveu versos românticos, falando da sua luta para ser feliz! E como em um filme, você resolve fugir, como se tudo fosse dar certo ao recomeçar! Você está entrando no seu mundo fictício, mesmo sempre tendo me falado para não me iludir com todas essas coisas clichês, que não existem na maioria dos casos! Estou decepcionada com a sua atitude, hoje vejo que todo o seu ideal de vida era apenas mais uma de suas histórias" Eu ria ao ler cada palavra dela. Quantas vezes eu expliquei a minha maneira de viver a vida, quantas vezes eu tentei fazer com que ela acordasse! Mas como sempre, ela havia entendido errado. Eu apenas pude responder com outra carta, a qual o destinatário era merecedor de tais palavras "Você sempre fingiu entender tudo que um dia eu te ensinei, mas na verdade você fez tudo ao contrário, e decidiu levantar o dedo em minha direção para acusar-me do ato infame que seria desistir dos meus sonhos! Eu não desisti deles, eu apenas percebi que qualquer lugar para realiza-los será melhor do que perto de você. Isso é simples. Até breve. Um Abraço, Augusto." Precisei ser assim, é só quando apanhamos de alguém que percebemos os nosso erros... Ela com certeza perceberia os dela, mas ninguém me garantia que correria atrás para concerta-los. A minha parte eu havia feito, apenas devia seguir em frente.

Meu nome é Vida


Você me conhece desde que chegou a este mundo, e para falar a verdade, nunca paramos para conversar. Sempre que se sente injustiçado, recorre a qualquer outra solução, menos a mim. Já cansei de escutar-lhe reclamar com Deus sobre mim, e em certa parte eu sei que o erro foi meu. Já deveria ter me acostumado com isso, todos sempre reclamam da minha forma de lidar com o mundo. A grande realidade é que deveria existir um manual de instruções para seguir nesse mundo comigo. Assim como ninguém nunca lhe disse que seria fácil, ninguém lhe disse que seria difícil, ninguém lhe preparou para isso, você nem ao menos pode escolher seguir ou não com a minha companhia. Mas acontece que eu sou assim, imprevisível! Eu fui feita com essa função, ensinar-lhe indiretamente tudo que precisas aprender, antes que a minha amiga venha buscá-lo. Mas sinto-lhe informar que eu não trabalho sozinha, eu só tomo as decisões que cabem a mim, o que não é muita coisa. Eu faço com que nunca fique só, eu te trago novas alegrias, eu acompanho as pessoas que você ama, lhe dou opções de caminhos, lhe dou as lágrimas, lhe dou os sorrisos, eu gostaria muito de avisar-lhe antes de tudo acontecer, mas eu não posso.  Eu sou a Vida, e lhe acompanharei durante toda sua estadia neste mundo, até que um dia a Morte venha buscá-lo.
terça-feira, 17 de maio de 2011

Eu te amo...

Eu te Amo...
e te amarei durante toda minha eternidade...
Te amarei nos seus gestos,
Te amarei no seu sorriso,
Te amarei na sua voz,
Te amarei no que você é!
Sim, eu te amarei em tudo...
No ar que respiramos,
num simples cântico dos pássaros,
no alvorecer, no crepúsculo,
na morte... 
Eu te amarei no sol que explode sua luz para iluminar a Terra.
Te amarei nas chuvas que caem... Na vida... No fim...
E Nem mesmo o céu ou o inferno podem tirar esse sentimento de mim.
Sim, eu quero te amar,
Te amar nas minhas horas de tristezas,
pois sua lembrança só me traz alegrias...
Te amar quando a alegria chegar,
pois amor e alegria é a própria felicidade
e sou feliz enquanto te amo...
Sim, mesmo que em minha vida não exista trevas,
Quero te amar.
Mesmo que o amor se torne algo extinto,
Quero te amar.
Mesmo que a luz do mundo se acabe,
Quero te amar.
E somente a vontade de Deus
seria capaz de me tirar todo esse amor
que alimenta minha própria existência...
Você mora dentro de mim..." 
Por Bruno Tizoko
domingo, 15 de maio de 2011

Além do horizonte


Acredito que seja meio improvável que possa ler esta carta. Prometi que lhe escreveria um dia, mas nunca lhe prometi que esta carta chegaria em suas mãos. Na verdade, coloquei esta carta, numa velha garrafa, com a simples intenção de que ela não chegue até você. Se estiver com esta carta em suas mãos, lendo-a, creio que foi uma mera rebeldia do destino, que nunca conspirou ao meu favor. Sim Bernardo, eu tenho medo de confessar-lhe que fugi, de dizer que fui embora pois não aguentava mais ficar ao seu lado, eu menti. Não parti em busca de uma vida melhor, em busca de mais conhecimentos, nada disso um dia fez parte dos meus planos, eu simplesmente fugi. Por ti um dia eu mudei! Deixei de ser aquela garota que não escondia de ninguém o que sentia, sufocando-me com minhas angustias para não preocupar-lhe, eu chorei. Só que eu não pude perceber que aquela mudança estava me matando aos poucos, me deixando dependente apenas de você, o que já era o suficiente para me causar medo ao pensar em te perder, fraquejei. E você se aproveitou disso, estabelecendo uma ligação cada vez mais forte e oportunista entre nós, me entreguei. Recusei-me, por um bom tempo, a acreditar que era devastadora a nossa relação. Mas acontecimentos recentes, não preciso cita-los, revelaram-me que estava na hora de mudar novamente, eu acordei! Entretanto, não tive coragem para enfrentar-lhe, estar cara a cara com você, porque sabia que converterias a situação, estando eu tão frágil como estava. Por isso disse-lhe que iria para Barcelona, hospedar-me na casa de uma velha tia, que ajudaria-me na tão sonhada estadia naquela cidade. A verdade é que não estou em Barcelona, a verdade é que ainda não me sinto segura para escrever-lhe, por isso desejo intensamente que esta garrafa se perca em meio ao mar. Digo-lhe, apesar de serem mínimas as chances de receberes esta carta, que estou bem, além do horizonte, em um lugar perfeito para esquecer-me desse amor, um lugar perfeito para começar uma nova vida. O lugar perfeito para escrever-lhe, usando o mar como meu único mensageiro. Até o dia em que essas lembranças não me machuquem mais, até o dia em que esse medo não me domine, escrever-lhe-ei.

Um abraço
                 Elisa
43ª edição cartas - Bloínquês
sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sexta feria 13


Caro Senhor azar, escrevo-lhe para informar que está dispensado do seu dia de trabalho. Eu sei que hoje seria um dia puxado para o senhor, por isso resolvi livrar-lhe da visita até mim. A sorte tem me feito visitas nos últimos dias e creio que não precisarei mais de seus serviços. Ela é uma profissional muito mais competente que o senhor, não hesito em esconder-lhe essa verdade. Acredito que recorrerá à minha decisão, afinal, trabalhas para mim a muito tempo e tem os seus direitos, e eu não me esqueci disso, garanto-lhe que será ressarcido quanto a isso, mas não posso continuar pagando o seu salário. Mas como hoje é sexta feira 13, creio que logo encontrará um novo emprego, hoje o dia é bom para isso. Se precisar de minhas recomendações, saiba que estarei disposta a ajudá-lo.

Desde já, agradeço sua compreensão.
Érica Arruda
Só pra descontrair um pouco, afinal, muita gente tem medo desses dias, eu hoje por exemplo, encontrei uma vela na minha cadeira no colégio, e depois fiquei um pouco receosa, mas nada que afetou a minha vida, afinal, essas coisas de sexta-feira 13 são apenas mitos.
domingo, 8 de maio de 2011

Porque o diferente que emociona muita gente


Ainda que um dia todos se odeiem, amarei.
Ainda que um dia tudo pareça impossível, sonharei.
Ainda que um dia, todos desejem a morte, viverei.
Ainda que um dia, não exista mais fé, acreditarei.
Ainda que as tropas inimigas sejam maioria, lutarei.
Ainda que tudo tenha se perdido no abismo, buscarei.
Ainda que o medo predomine, entregar-me-ei.
Ainda que não tenha nada, compartilharei.
Ainda que seja doloroso, sacrificar-me-ei.
Ainda que o tempo pareça não passar, esperarei.
Ainda que as lágrimas queiram escorrer, sorrirei.
Ainda que as angústias me sufoquem, respirarei.
Ainda que palavras não sejam necessárias, falarei.
Ainda que não tenha inspiração, escreverei.
Ainda que não tenha forças, persistirei.
Ainda que seja insignificante diante do mundo, vencerei.
Porque o fácil, o óbvio, o igual, todo mundo já conhece, e eu prefiro fazer a diferença.
quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um simples telefonema


Eu já estava atrasada para ir para o escritório, corria em direção à porta quando notei que havia esquecido o celular. Por alguns instantes hesitei em voltar, mas terminei por adentrar novamente a sala para procura-lo  quando o telefone fixo tocou. " Esse telefone só toca quando estou ocupada, me impressiono com isso..." Pensei  ao ouvir o toque do telefone. "Não atenderei!" E prossegui em minha busca por meu celular. Quando o encontrei, me dirigi ao meu carro, partindo em direção ao meu trabalho. A tarde não tardou em chegar, e logo eu voltei para casa. Estava curiosa para saber quem ligara pela manhã, então liguei a secretária eletrônica para saber se deixaram algum recado. " Você tem um recado novo" Saia o som do aparelho, então continuei a escutar, mas antes mesmo que pudesse continuar a ouvir qualquer palavra depois daquele oi, as lágrimas já escorriam espontâneas de meus olhos. Já haviam se passado dois anos desde que ouvira aquela voz, dois anos que não foram suficientes para esquecer aquela voz apaziguadora. Não sei qual o motivo para o surgimento das lágrimas, afinal, aquela voz me recordava tantos sentimentos, que nem ao menos sabia como postar-me diante daquela situação. " Ele voltou" Pensava enquanto criava coragem para continuar escutando o recado. "Afinal, o que ele quer?" Eu realmente não sabia se estava pronta para ouvir o que ele tinha a me dizer. Há dois anos, aquele que eu tanto amei, havia me deixado, deixou-me sem apoio, fragilizou-me, esqueceu-me. Porque eu deveria escuta-lo? E foi ai que percebi que eu queria sim escuta-lo, na verdade eu estava esperando esse momento há dois anos...Pressionei o botão do aparelho. " Como está você? Senti sua falta durante esse tempo, dois anos creio eu. Tantas coisas aconteceram nesse tempo longe de você, que me arrependo amargamente de um dia ter partido. Acredito que esteja com raiva de mim, não a culpo, pelo contrário, te dou toda a razão, as coisas repugnantes que lhe disse, não são dignas de perdão. Mas mesmo assim, precisava lhe procurar, para dizer, que tudo que fiz, foi com todas as intenções possíveis, o meu único objetivo era magoar-lhe, mas eu percebi que fui e sempre serei um tolo, por recusar-me a aceitar que também posso amar. Então, se puder falar comigo, saiba que serei o homem mais feliz do mundo. Um abraço" Quando terminei de escutar, não sabia o que pensar, o que fazer. Levantei-me e comecei a andar pela sala, tentando acreditar em tudo aquilo que havia escutado. Quando finalmente lembrei-me de um livro que li quando pequena, que dizia bem assim " Amar é também, saber perdoar..." Então percebi que sabia exatamente o que fazer, sentei-me no sofá e peguei o telefone, seria uma longa conversa, aquela que mudaria a minha vida.
sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tempo, meu único inimigo


Quando vivemos grandes emoções, grandes amores, grandes paixões, criamos aquela expectativa de que tudo durará para sempre, mesmo sabendo que para sempre é muito tempo.
Repentinamente, todos os sonhos se vão, toda a ilusão se vai e você passa a encarar a realidade, a verdade!
A verdade é que todos temos pouco tempo, e deve ser por isso que sempre dizem para vivermos cada dia como se fosse o ultimo.
Quem poderá responder pelo futuro?Quem diria que o momento de dizer adeus estaria tão próximo? Temos uma capacidade tão grande de nos apegar ao que não nos foi dado, que quando perdemos aquilo que não nos pertencia, desabamos como se tivéssemos lutado por aquilo.
Você nunca me pertenceu, eu sei disso, mas os caminhos foram tão mais fáceis contigo, que percebo que sentirei a tua falta. Não sentirei mais teu cheiro, não ouvirei mais a tua voz, vou ter que me acostumar com isso.
Você fará parte de um passado que sempre será recente, mesmo que o tempo conspire contra mim. Não digo contra nós, pois sei que o "nós" há muito não existe.
Lembrarei de todas as promessas, que se perderam em meio as circunstâncias, lembrarei de todos os sonhos, que serão construídos com outra pessoa, lembrarei de todas as risadas, das musicas que cantamos juntos...lembrarei de cada momento da nossa vida quase perfeita.
E assim, desejo-lhe toda a felicidade, pois preciso ver-te feliz. Agora, só nos resta viver até o momento do adeus, para que todo esse tempo não tenha sido em vão.


domingo, 24 de abril de 2011

23 de Abril- Dia mundial do escoteiro

Ser escoteiro é, antes de tudo, amar a Deus e à natureza, ser correto e respeitador das leis
Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!
Sempre Alerta! 
Na verdade, nem tudo que a gente deseja para nossas vidas, sai exatamente como planejamos... Nem tudo acontece como queremos e quando queremos, mas se não fosse assim, tudo seria fácil demais. Quantos caminhos diferentes a gente toma na vida, quantas pessoas novas a gente conhece, e quantos novos valores a gente aprende com elas! Eu nunca me imaginei entrando para o movimento, muitos duvidaram também! Tantos momentos eu pensei em desistir de tudo aquilo, quantas vezes eu pensei que aquilo tudo não era pra mim! Só que hoje eu percebo, que ser escoteiro, vai muito mais além do que a comunidade costuma pensar. Mas acho que só vivenciando é que pode se compreender qual o verdadeiro significado de ser escoteiro! Quanto a mim, ainda tenho muito o que aprender...
segunda-feira, 18 de abril de 2011

Apenas lembranças


Hoje, depois de muito tempo, eu me peguei pensando em você. Não sei por qual motivo as minhas lembranças de nossos momentos resolveram entrar em evidência. Havia muito tempo que eu sequer me recordava de sua existência, mas em um simples momento de solidão, teu nome me veio à cabeça. Não consegui encontrar nenhum momento de raiva passado com você, apesar de saber que eles existiram. Fiquei feliz com isso,pois enfim, consegui apagar todas as mágoas que sentia por ti. É doloroso pensar que um dia, a pessoa que eu tanto amei, foi capaz de despertar-me tanta dor. Entretanto, apenas consegui recordar-me das coisas mais bonitas que vivemos juntos. Lembrei-me da primeira vez em que te vi, do exato momento em que meus olhos encontraram os seus. Lembrei-me do nosso primeiro beijo, um beijo doce e delicado, sem nenhum tipo de malícia. Lembrei-me dos dias em que ficavamos longe, e quando nos víamos o mundo inteiro parava pra gente. Lembrei-me de outros milhões de momentos e consegui entender o porque de não te odiar. Eu fui feliz contigo, e esse simples fato muda tudo. Você foi o tipo certo de pessoa errada, e eu sou eternamente grata por isso. E envolvida por tantas lembranças, eu pude sentir-lhe próximo, como se fosse um reencontro... Mas isso ficou apenas nas lembranças...

  

Sumir


Hoje eu decidi sumir... Jogar tudo para o alto, esquecer das desavenças, dos problemas do escritório, da saudade dos colegas, das brigas com a família. Hoje eu decidi ser eu mesma, olhar para os lados, seguir em frente, subir a montanha. Fazer como quando era pequena, arrumar uma mochila, ir acampar. Só que diferente de todas as outras vezes que acampei, hoje eu não estarei acompanhada dos velhos amigos. Amigos que me ajudavam com a bagagem, amigos que dormiam comigo na mesma barraca para não sentir medo, amigos que sentavam em volta da fogueira para tocar violão, para contar histórias de terror. Hoje serei apenas eu e um grande companheiro, aquele tipo de ursinho que todos um dia tiveram, e que não dormiam sem. Relembrar os bons momentos que vivi ali nas férias de verão, durante toda uma perfeita adolescência. Hoje, enfrentarei obstáculos para chegar ao ponto mais alto, sentirei calor, sentirei frio, a chuva talvez venha me visitar. Voltarei quando achar que tudo aquilo já não é pra mim, afinal, quando a gente cresce, começa a enxergar a vida com uma nova perspectiva, e nem tudo que parece perfeito em nossas lembranças, será perfeito se vivido novamente.

Sei que meus textos não estão muito bons, mas prometo que logo,logo escreverei coisas mais interessantes. Preciso só de um tempo para voltar a escrever. Lembrando que a grande parte dos meus textos são fictícios, e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, o que não impede de alguns serem realmente parte da minha vida. Um abraço queridos leitores.  
domingo, 17 de abril de 2011

1 ano sem você


Hoje, é dia 17 de Abril. Acho que você se lembra dessa data, é meio difícil de esquecer. Hoje faz um ano que você morreu. Esse ano foi muito difícil sem você, apesar de que aconteceram muitas coisas boas, você não esteve ao meu lado para estar feliz comigo. Não foi fácil aceitar a sua morte, mas eu sei que o que você mais queria nessa vida era me ver feliz, e eu estou tentando realizar todos os meus sonhos por você. O livro que eu te prometi ainda nem comecei a escrever, peço-lhe mil desculpas por isso, tenho me dedicado mais ao blog, o único lugar que eu me sinto bem ao escrever. Aqui todos sentem a sua falta, meu irmão é o que mais sente, a gente quase não se vê, mas em todos os encontros, as lágrimas são inevitáveis. Você está presente nas pequenas coisas que eu faço, acho que sempre estará, porque a sua presença contagiava qualquer um, as suas lembranças estão guardadas em cada gesto meu. Hoje, eu quase já não choro por lembrar de você, pelo contrario, eu tento sorrir sempre, porque você sempre sorriu. Houveram momentos em que eu realmente precisei de um abraço seu, momentos em que eu precisava de um pai. Mas Deus sabe de todas as coisas, e você deve estar muito bem onde quer que esteja. A minha mãe vem sonhando com você tem um tempo, isso não a deixa muito bem, ela sente muito a sua falta, a sua morte afetou ela muito mais do que a mim, tenho que confessar. Mas eu estou do lado dela todos os dias, eu sou a unica lembrança concreta que ela tem de você. Obrigada pai, por me colocar no mundo, obrigada por ter me amado 15 anos da sua vida, obrigada por todos os abraços e por todas as palhaçadas. Você não foi o melhor pai do mundo, mas você foi e sempre será o melhor pai pra mim. Te amo muito e sempre vou amar, não importa quantos anos se passem longe de você. Esse só foi o primeiro, e eu terei que me acostumar com isso...

De sua filha Érica Arruda
domingo, 10 de abril de 2011

Acreditar!


Assim como eu podia ver a dor estampada naquela face, eu também podia notar o resto de esperança que restava dentro daqueles olhos brilhando. Para alguns, e muitos por sinal, aquilo, ou aquela, era a criatura mais feia e acabada que existia, mas para mim, ela era a mais bonita. Não tinha cabelos, mas seus olhos permaneciam azuis e brilhando. Não tinha mais forças para caminhar sozinha, mas mantinha o sorriso no rosto e uma garra que poucos tem ao passar por tudo aquilo. Ela olhou pra mim e sorriu, eu me aproximei, nem ao menos sabia o seu nome mas me senti como se convivesse com ela todos os dias. Abracei-a, e percebi que aquele abraço significou muita coisa tanto para mim quanto para ela. Em algumas horas, ela iria para mais uma torturante seção de quimioterapia e mesmo assim ela continuava alegre. Fiquei tão admirada com aquela menina, pelo simples fato de que eu não tive a força que ela tinha. Eu demorei muito tempo para aceitar que eu tinha câncer, e mais tempo ainda para aceitar que eu poderia vencer aquilo, muito ao contrario daquela pequenina, que desde o primeiro momento que soube daquela doença, já começou a lutar. Eu sabia que ela iria vencer tudo aquilo, porque eu venci mesmo não acreditando nessa possibilidade. Parada ali diante dela, eu me recordei dos meus momentos de angustia, de dor e vi que se eu tivesse me aceitado, tudo teria sido bem mais fácil, mas eu sempre fui assim, sempre passei pelos caminhos mais tortuosos e difíceis e nunca acreditei... Acho que chegou a hora de acreditar, de não deixar mais lágrimas de tristeza caírem de meus olhos... Chegou a hora de soltar essas lágrimas que podem ver escorrendo em meio a esta conversa... Lágrimas de emoção!


Pauta para o BLQ -19ª Edição Roteiro





sexta-feira, 1 de abril de 2011

Despedidas

Queridos amigos

Escrevo-lhes para comunicar que esta será a minha ultima carta. Estou partindo, para longe, um lugar ao qual nenhum de vocês poderá  me encontrar. Como já havia dito em algum momento passado, minha criatividade se foi, infelizmente não consegui encontra-la. Não faz sentido continuar aqui sem ela, já não existem sentimentos a serem expostos. Peço-lhes perdão por todas as minhas falhas, não foi a minha intenção. Espero que um dia eu possa me lembrar do tempo em que escrevia para todos vocês e me sentia feliz com isso. Creio que o meu futuro não seja escrever, vou buscar meu lugar em outros caminhos, outras estradas...
 
Aproveito também para contar-lhes que hoje é 1° de Abril e tudo que eu disse não é verdade. Muito pelo contrario, estou recuperando a criatividade e peço-lhes que aguardem, em breve voltarei a postar.
Um abraço
Érica Arruda
domingo, 20 de março de 2011

...

Caros leitores, sinto-lhes informar que o Flor de Diamantes ficará desativado por tempo indeterminado. Eu , Érica Arruda, perdi minha criatividade em algum lugar e não consigo encontrá-la, enquanto ela não aparecer não posso dividi-la com vocês. Creio que existem motivos para isto, mas não me sinto segura o suficiente para contar-lhes o motivo. Espero que um dia eu volte a postar.
Um abraço de autora
Érica Arruda
quinta-feira, 10 de março de 2011

Assim vivo intensamente




Sinto-me livre quando tenho um lápis e um papel na mão,
 quando sento-me na praia, ou até mesmo na grama verde de um quintal, deixando que meus sentimentos guiem minha criatividade,







 transformando o incerto no seguro, os sonhos em realidade, as flores em diamantes, o lixo no luxo.


 É assim que vivo intensamente, transcrevendo para o papel tudo aquilo me vem na cabeça, sem precisar me importar com lugares que preciso frequentar, com roupas que tenho que vestir, afinal, onde sempre estou, onde sempre vou, posso até ficar de meias, e ninguém vai me criticar.

















Projeto créativité - Passatempo 5ª edição
quarta-feira, 9 de março de 2011

Noiva em fuga

Gustavo,

Os presentes que você havia me dado estão em uma caixa embaixo da mesa da cozinha, pode pegar todos e vende-los, eu sei que custaram caro. As alianças de noivado estão na caixinha onde vieram, em cima da minha penteadeira. As nossas fotos estão todas em um álbum dentro do guarda roupas e as cartas agora são cinzas dentro de uma caixinha em cima da minha cama. Ainda existem algumas roupas suas espalhadas pela casa, se você procurar bem, irá encontra-las.
Desculpa não ter comparecido ao nosso casamento, mas acho que o que fiz foi justo tanto para mim quanto para a nossa madrinha. Você achava realmente que eu nunca descobriria tudo que estava acontecendo? O que mais me surpreende foi a sua ousadia em convida-la para ser nossa madrinha. Quanta falsidade meu querido, você poderia ser ator! Mas isso sempre foi a sua cara, e como não é permitido a bigamia aqui no país, o jeito é dar uma fugidinha com a amante não é mesmo meu bem? Mas não fique preocupado comigo não, agora que eu sei de tudo, fiquei com a consciência mais leve, afinal eu não seria a unica infiel naquele casamento.
                                              
                                                                                      Um abraço da sua ex-futura esposa.



Pauta para o BLQ 33ª edição -cartas
quinta-feira, 3 de março de 2011

Medo de tentar


Porque teus medos tem que ser maiores do que tuas vontades? Porque segues preso a esta vida simples e sem emoções? Teus dias são tão monótonos e suas atitudes são tão supérfluas. Não consigo entender o motivo de tanto medo! Porque não me contas o que estás pensando quando deixa estampada a tristeza em tua face? Não precisas de trancar em um quarto escuro, o mundo é feito de escolhas e tu estás sendo influenciado pela escolha errada! Não quero ver-te assim, chorando... pois sei que estas lágrimas não são de felicidade, e não merecem estar escorrendo por teus olhos! Posso parecer impertinente, mas apenas me preocupo contigo, afinal é pra isso que servem os amigos. Quero ver-te lutar e ser feliz, porque o mundo não para, e fazes parte dele. Quando começardes a crer e ti mesmo, tenha certeza de que este será o melhor dia de tua vida!
terça-feira, 1 de março de 2011

Mulher, sexo frágil

"Dizem que mulher é o sexo frágil , mas que mentiram absurda" , pra quem nunca ouviu, esse é um trecho de uma musica do Erasmo Carlos. Quem nunca abriu a boca pra dizer que mulher é o sexo frágil? Será mesmo frágil? Quantas mulheres nesse mundo aprendem a viver independentes, lidando com coisas que muitos homens não saberiam resolver? Mães que trabalham o dia inteiro para sustentar sua casa e ainda arrumam tempo para se preocupar com seus filhos. Mães que enfrentam qualquer um para defender suas "crias". Mas como toda regra tem sua exceção, eu sou a exceção das mulheres fortes e independentes. Sim, eu sou frágil, talvez até demais, e eu não tenho vergonha de dizer que eu não sei me virar sozinha, que eu tenho medo de errar, que eu sou insegura nas minhas decisões, que comentários maldosos me deixam mal, que coisas simples me abalam, que uma mera palavra pode destruir o meu dia, que eu tenho medo de ser rejeitada e que eu necessito receber atenção em todos os momentos da minha vida. E nem por isso eu deixo de ser mulher, ou quem sabe um pouco menos, apenas uma menina.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Uma comédia nada engraçada

Bem, quantas vezes a gente encontra vários filmes por ai que são baseados em fatos reais e que são ganhadores de audiência. Se você que está lendo isto está procurando um fato muito bom para poder fazer um documentário, sinto lhe informar, mas você veio ao lugar errado. Alguns diriam que a minha vida é uma comédia, já outros acham que a minha vida é uma coisa meio sombria e sem definição. Agora vai saber o que realmente a minha vida é. Se a minha vida fosse um filme seria mais ou menos assim:
"E lá estava ela sentada em uma varanda de uma fazenda, usando meias e havaianas, um pijama e tomando chocolate quente observando a chuva". Tudo bem que isso não faz parte da minha vida, mas a grande realidade é que um filme da vida de uma adolescente seria parecido com o de todas as outras, porque apesar de pensarmos que não há mais ninguém no mundo que sofra como nós, existem sim outras gatas borralheiras que sonham se tornar Cinderela. No filme da minha vida, eu sairia pro shopping com minhas amigas, me afastaria delas e diria que não conheço nenhuma, quando começassem a pagar mico dentro de alguma loja. Me trancaria no meu quarto depois de gritar com a minha mãe porque eu não lavei a louça. Choraria no meio da noite ouvindo musicas românticas lembrando daquele menininho que eu conheci quando estava na pré-escola. Escreveria mil cartas de amor, que não seriam entregues a seus destinatários. Brigaria com qualquer professor que não soubesse respeitar os direitos da turma. Riria de coisas que não tem a menor graça. Amaria pela primeira vez, percebendo que todas aquelas paixonites de pré-adolescente não eram nada perto do que estaria sentindo ali. Me decepcionaria com esse primeiro amor e me trancaria em casa uma semana, sem me comunicar com ninguém. Choraria a perda do meu pai, e temeria a perda da minha mãe. Me preocuparia com vestibular. Brigaria com minhas amigas quando estivesse totalmente cega de amores por uma pessoa que só me fazia mal, e depois perceberia que elas estavam certas. Teria medo de baratas, choraria frequentemente, detestaria TPM e odiaria ficar gripada. Não teria melhor amiga nem amigo, e sim as melhores amizades. O filme da minha vida, poderia ser uma comédia, mas também poderia não ser nada engraçado, isso só depende de quem vê. E no final, eu apenas começaria a viver para mim mesma, sem me importar tanto com os outros. De uma coisa eu posso ter certeza, a minha vida já é um filme, e eu não preciso de audiência para ele continuar em cartaz.

  Post para o Blorkutando
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Você pra mim é pior que TPM


Bem, sinto lhe informar, mas eu não gosto de você! Isso mesmo, eu não te pedi para estar comigo e preferia te ter muito longe de mim. Você me deixa feia, mau humorada, me tira a respiração, modifica a minha voz e ainda me leva toda a criatividade! Você faz mal a qualquer um, e todos mantém uma certa distancia de mim por SUA causa. Você atrapalha tudo que eu vou fazer e eu já não aguento mais isso! Até quando você vai ficar aqui? Já chega, vá embora, você já me causou estragos suficientes. Ninguém te suporta gripe, e eu muito menos, você pra mim, é pior que TPM.

Além da Verdade

Além da Verdade
     Por:Érica Arruda


  Acordei como todos os outros dias, mas dessa vez, não sentei para ler o jornal e nem ao menos tomei o café da manhã. Apenas vesti minha roupa, que por sinal me incomodava roupas tão apertadas, eu sentia muita falta daquela linda bata branca que eu vestia, simples e leve, mas voltando ao que eu dizia, aquele dia eu saí à procura de um emprego. Peguei um ônibus em frente ao hotel, indo em direção ao centro da cidade, havia conversado com a camareira nos dias que ela conseguia parar um pouco no meu quarto para me fazer companhia, e em uma dessas conversas ela me havia dito que o centro era o melhor lugar para quem procurava um emprego. O ônibus estava cheio, foi difícil entrar e me acomodar junto àquelas pessoas, nessa hora senti falta das minhas asas. Se ainda as tivesse, levaria apenas alguns minutos, sem contar o fato de que eu não estaria espremida no meio de tanta gente "porca" que nem dizem vocês. Ali naquele ônibus, além de demorar muito tempo para chegar, eu me senti um monstro, não se sinta espantado com a minha colocação, afinal vocês estão acostumados a usar esse tipo de veículo, mas não se importam com a destruição que ele causa, e sim, eu me sentia um monstro, porque eu estava colaborando com aquilo, e eu estava me sentindo presa, em meio aquela situação precária que muitos viviam ali dentro. Quando me diziam que o ser humano era cheio de defeitos, eu não acreditava, afinal, vocês foram feitos a semelhantes a Deus. Só que quanto mais tempo eu passava aqui na Terra, eu podia ver a grande diferença existente entre nós. Como já disse, podem me chamar de Holl, acho que vamos nos encontrar mais do que eu esperava.
domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aulas

Olá pessoal, para a tristeza de toda a nação todos os meu leitores, as minhas aulas começaram, ou seja, mais estudo, menos tempo de internet, mais livros do PAS pra ler, e menos tempo para escrever, o que resulta em menos postagens. Eu sei que tem gente que está querendo me matar, porque eu ainda não postei o quarto capítulo de Além da Verdade, eu peço mil desculpas, mas é que toda essa confusão de volta às aulas me deixa perdida, e pra completar ainda peguei uma gripe, que me atormenta, e eu fico nervosa, feia, e totalmente sem criatividade. Espero que possam me compreender, e prometo que tentarei postar até o fim da semana o 4° capitulo da série (vocês podem me matar se eu não postar).
Abraços
  Érica Arruda
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Solidão, a minha solução


E ali estava eu, isolada de todo o mundo, em meio a natureza, a minha melhor companhia. Meus livros de um lado, meus textos do outro, o celular desligado dentro da mochila. Era uma belo dia aquele, um ótimo dia para ficar sozinha e poder escrever um pouco. Eu já estava cansada de ter todo mundo me atormentando a cada momento, cansada de ser dominada pelo vicio da internet, das brigas dentro de casa, das mortes na tv, do caos no transito, do medo da população. Eu precisava de um tempo pra mim, nunca pensei que a solidão seria a melhor solução, quem me conhece sabe que eu não suporto a ideia de ficar sozinha. Mas aquele dia foi diferente, eu me senti relaxada, não senti a menor falta das pessoas que me cercam, não senti falta do amigo computador, e nem saudade das minhas musicas, ali naquele momento éramos só eu, Deus e o som que a natureza quer nos mostrar, mas nunca paramos para ouvi-la. Aquele dia, eu me encontrei, eu pensei, eu me tornei amiga de mim mesma, eu esqueci os problemas, eu me senti bem com a solidão. Aquele dia, o dia que não existiu, ficará pra sempre na memória, mesmo que seja só fantasia.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"A Vergonha?" - crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB


Olá pessoal, o que estão achando do blog?

Bem, hoje de manhã quando abri minha caixa de e-mails, recebi um e-mail com o texto de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB, texto que por sinal, causou muita polemica em vários blogs, e que também não se sabe ao certo se o texto é realmente de autoria do mesmo. Se se interessarem , leiam o texto, é uma boa critica sobre o programa, apesar de ser um pouco "bruto" com as palavras. É um pouco grande, mas vale a pena ler.

Uma parte do texto que muito me interessou, foi a parte em que o autor, pergunta se esse é o verdadeiro exemplo que nós temos de heróis, como são chamados os integrantes da casa. E ele ainda nos mostra o que são verdadeiros heróis:

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida
por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a
isso todo santo dia. 
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças
complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais
saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs,
voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna
heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam
suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como
mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede
Globo.

  
  Espero que isso possa conscientizar a população, e perceber a que tipo de programa estão sendo submetidos a ver e que valores estão ganhando com isso.
Um abraço.


 



 

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